As queloides pós-cirurgias são um risco em qualquer procedimento, sendo importante conhecer as formas de prevenção e quais as opções de tratamento para o problema
Os queloides pós-cirurgias estão entre os riscos que devem ser considerados antes de um procedimento, especialmente em tratamentos eletivos.
Os queloides ocorrem entre 5% a 15% das feridas cirúrgicas e consistem no crescimento anormal do tecido cicatricial para além das bordas iniciais da incisão, adquirindo uma estética elevada e avermelhada, além de poder causar coceira, ardência e até restrição de movimentos a depender do local.
Quais áreas do corpo mais apresentam queloides?
Os queloides pós-cirurgias ocorrem devido ao excesso da produção de colágeno no local da incisão, causando a expansão da cicatriz em relação ao inicialmente previsto.
A formação de queloide pós-cirurgias vai depender de diferentes aspectos específicos, incluindo: sentido da incisão, comprimento, largura e até profundidade do corte.
Algumas regiões também têm maior propensão ao desenvolvimento do problema, como:
- Região torácica, como no caso de incisões para mamoplastia;
- Área do colo;
- Região anterior do pescoço;
- Ombros e braços;
- Orelhas, como na otoplastia – e mesmo ao fazer furos para brincos.
Apesar dessas regiões apresentarem maiores chances de desenvolvimento de queloides pós-cirurgias, outros locais também podem ser acometidos.
Como evitar o aparecimento de queloides pós-cirurgias?
Em geral, não é possível saber quando haverá o aparecimento de queloides pós-cirurgias, a menos que o paciente já tenha um quadro prévio – que mesmo assim pode não resultar em nova cicatrização inestética.
No pré-operatório da cirurgia plástica, por exemplo, são considerados fatores como o histórico pessoal e familiar, além do fato do paciente ser grupo de risco.
Dessa forma, em alguns casos, o local da cirurgia pode ser planejado considerando esse fator para menor risco de queloide, bem como maior discrição do local.
Para evitar o aparecimento de queloides pós-cirurgias, além dos cuidados gerais do pós-operatório, o paciente pode fazer uso preventivo com adesivos de silicone, que minimizam as chances de cicatriz inestética.
Além disso, informar a equipe médica caso identifique qualquer alteração na evolução pós-cirúrgica é fundamental para medidas precoces e mais eficazes.
Quem faz parte do grupo de risco?
Alguns pacientes são mais predispostos ao desenvolvimento de queloide pós-cirúrgicas do que outros. Pessoas de ascendência asiática e africana têm mais propensão aos problemas de cicatrização, por exemplo.
O queloide é até 15 vezes mais frequente em pessoas com pele mais pigmentada do que em pessoas com menor pigmentação cutânea.
Homens e mulheres podem desenvolver a condição, mas ela é mais comum entre o público feminino.
Outro fator de risco é a idade, com o queloide tendo maior incidência em jovens, entre 10 e 30 anos, do que em pessoas mais velhas; sendo que idosos raramente desenvolvem o problema.
Tratamentos para queloides pós-cirurgias
Uma vez que não é possível prever os queloides pós-cirurgias e as opções para prevenção do problema são limitadas, é importante saber que existem tratamentos disponíveis.
Pomadas ou cremes específicos
As pomadas ou cremes cicatrizantes podem ser usados na prevenção do queloide ou, posteriormente, para amenização dos desconfortos como dor e coceira.
Essa opção é a que entrega resultados menos eficazes na correção estética do queloide, mas pode contribuir na amenização dos desconfortos causados.
Injeção de corticoide
As injeções de corticoides são opções mais eficazes na amenização da aparência do queloide, sendo que essa terapia é mais frequentemente associada a outros métodos, especialmente o tratamento a laser, que ajuda a minimizar o relevo do queloide pós-cirurgia, bem como deixar a tonalidade mais próxima da cor da pele.
Remoção cirúrgica
Para casos de queloides pós-cirurgias mais incômodas ao paciente, seja por fatores estéticos, psicológicos ou mesmo devido ao comprometimento da mobilidade, a remoção cirúrgica pode ser a abordagem mais apropriada.
Nesse caso, dada a tendência à má cicatrização do paciente, realiza-se um conjunto de cuidados antes e depois da cirurgia para retirada de queloide, minimizando as chances de reincidência do quadro.
Para saber mais, entre em contato com a Dra. Priscilla Gaiato.
Referências: